Boletim




O Instituto Giorgio Nicoli, agradece o apoio e autorização da PHI - Post-Polio Internacional, para divulgar o boletim da Associação em nosso site, permitindo que novas descobertas e informações cheguem aos pacientes da Pós-Pólio no Brasil.

Sumário




  • Post- Polio Health International ( PHI) duplicou o fundo destinado à pesquisa para U$ 50.000
  • Dr. Maynard responde: o que fazer sobre a dor do nervo ciático.
  • O papel da Glutationa oral na melhoria da saúde e seus resultados entre as pessoas com efeitos tardios da Poliomielite
  • Promovendo Soluções Positivas
  • A Experiência da vacina para Herpes – Zóster entre os sobreviventes da Pólio

Clique aqui, para ler e imprimir o Boletim.

Promovendo Soluções Positivas


Trecho do Boletim que responde a questões colocadas pelos pacientes de Pós-Pólio e familiares.

PERGUNTA : Meu irmão, agora com 68 anos, teve poliomielite em 1961. Isso afetou suas pernas e ele usa cadeira de rodas desde então. Ele mora sozinho, é muito independente e sempre foi capaz de encontrar uma maneira de cuidar de si mesmo. Ele só me disse que perdeu o uso de seu (já fraco ) braço direito e não quer continuar a viver. Eu lhe disse que iria cuidar dele, mas ele não quer ser um fardo. Estou arrasado -o que posso fazer? Existe alguma maneira de ajudá-lo?


Leia abaixo a resposta da Dra Rhoda Olkin, uma eminente professora de Psicologia Clínica na Escola Profissional de Psicologia da Califórnia, em São Francisco, bem como Diretora Executiva do Instituto de Saúde, Psicologia e Pessoas com Deficiência. Ela é sobrevivente da pólio e mãe solteira de dois filhos hoje já adultos, e uma das médicas responsáveis pelo tópico.




Promovendo Soluções Positivas - Resposta

Primeiro, deixe- me colocar o medo que você deve sentir com seu irmão falando sobre o desejo de morrer. Isto pode despertar todos os tipos de emoções em você, incluindo impotência, ansiedade, raiva e tudo mais.
Vou deixar o endereço de meu colega e o que você pode fazer para ajudar. Aqui, vou abordar o que pode estar acontecendo com o seu irmão. Alguns estudos sugerem que as pessoas com pólio têm menores taxas de depressão do que a população em geral. Talvez a necessidade de lidar com a adversidade, geralmente no início da vida, dá ao paciente a sensação de superação e resiliência. Mas, com o seu irmão parece que o oposto está ocorrendo. Assim, é preciso considerar a possibilidade de que o seu irmão esteja deprimido.
Ele teve poliomielite quando tinha por volta de 16 anos de idade. Essa experiência pode ter deixado traços emocionais que reverberam agora à medida que envelhece e vivencia a diminuição do funcionamento físico; ele passou de um corpo saudável para provavelmente ser hospitalizado e também provavelmente ficando impotente, podendo ter se sentido isolado em sua experiência; estes sentimentos podem ficar dormentes por muitos anos e então despertados. A ideia de velhas emoções sendo re- acionadas não é apenas uma teoria. Um exemplo vem de estudos de macacos que ficaram deprimidos depois de serem afastados de suas mães. Se recuperaram quando se reuniram com a mãe mas anos mais tarde eles estavam mais propensos à ter novamente depressão. A química do cérebro parece se acender novamente quando uma situação atual nos remete a uma experiência antiga.
É importante ter em mente que as pessoas não querem morrer por terem poliomielite por si. Eles podem sentir como se estivessem morrendo por causa dos efeitos da poliomielite em seu funcionamento vital diário. Isso pode incluir a não capacidade de visitar os amigos cujas casas não são acessíveis, terem menor vida social devido à fadiga, achar tarefas diárias que eram simples agora muito desgastantes, ou a necessidade de ajuda com atividades da vida diária, quando se está acostumado à independência. Eu me pergunto o que o seu irmão costumava ser capaz de fazer, usando o seu braço direito. Como um exemplo próprio, eu costumava fazer artesanato em madeira a cada 15 dias nos fins de semana, mas então como meus braços ficaram mais fracos, eu tive que encontrar ferramentas elétricas e elas eram muito perigosas. Isto me obrigou a encontrar um passatempo diferente (e mais sedentário), que eu fiz, mas eu ainda sentia falta do artesanato com madeira. O que é diferente ou está faltando na vida do seu irmão agora?
Eu estou supondo que seu irmão não tenha uma parceira. Isso significa que ele tem que encontrar apoio social fora de casa, o que requer energia e mobilidade. O apoio social é uma das bases do bem-estar (e mesmo longevidade) em adultos idosos. Hoje mesmo eu cancelei um evento social para sexta à noite porque esta semana tem sido difícil para mim. É fácil hoje fazer isso e não perceber que posso passar semanas sem qualquer socialização, ou seja, vida social. Se a vida diária exige muito de nossa energia, começamos a cortar as coisas que sustentam e alimentam nosso ser emocional. É melhor contratar alguém para limpar a casa e reservar a energia para tomar café com um amigo. Seu irmão é abençoado por ter um irmão carinhoso você.


Saiba mais... clique aqui, para ler o boletim em sua íntegra.





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